11 setembro 2015

Carta #4


Sexta-feira, dia onze de setembro de dois mil e quinze


Dear L, 

eu sei que vais ler isto. Foi através deste mundo, do mundo dos blogues que eu te conheci. Se não tem um ano, está quase a fazer. Comentávamos o blogue uma da outra, começamos a falar pelo g-mail, trocamos de número, trocávamos mensagens e começamos a falar por whatsapp. Lembro-me de um dia quereres contar-me uma coisa, mas preferis-te ligar-me. Ligas-te. Fiquei à espera que falasses, porque estava com medo, envergonhada e nervosa. A primeira vez que ouvi a tua voz, tu dizes-te "Estou?" coisa típica que se diz, quando ligamos à alguém. Lembro-me de te ter dito que a tua voz era fofinha e dizes-te o mesmo da minha, apesar de ambas negaremos-o. Parece que foi ontem, que sorri feita parva a ouvir a tua voz pela primeira vez. Não sei como é que se pode confiar numa pessoa que apenas conhecemos virtualmente. Mas sei que existe confiança (aos montes) na nossa amizade e ainda bem. Sabes tanto de mim, quanto uma amiga próxima que lide comigo todos os dias. 
Nos maus momentos estavas aí para mim e eu aqui para ti. Nem sempre as coisas foram fáceis. Como amigas, discutimos. Tivemos as nossas discussões. Tivemos sem falar durante tempos. Agora que olho para trás, eram por coisas estúpidas. Depois reconciliávamos as coisas e um pouco tempo depois, afastava-mo-nos. Se não me engano, isso já não acontece desde o fim da escola. 
Como amigas virtuais, não podemos ir às compras juntas, a menos que uma apanhasse um avião e passa-se uma hora e qualquer coisa dentro dele. Não podemos ir ao cinema, e ver um filme que agrade às duas. Não temos nenhuma foto juntas. Não podes vir à minha casa, nem eu à tua. Não podemos passear juntas. Não podemos fazer várias coisas, por causa da distância. Mas falamos pelo whatsapp todos os dias, ou trocamos sms e passávamos as manhãs dos sábados a falar ao telemóvel e uma vez por outra durante a semana, também. Já te escrevi umas cartas que tenho guardadas, e sei que estás à espera que eu lhes envie pelo correio. E eu irei fazê-lo, brevemente, espero.



Anseio pelo dia em que te poderei abraçar. Mas parece-me que já esteve mais longe. Espero que venhas aqui para o ano, já tenho um monte de lugares que quero que conheças. São locais onde me aconteceram coisas boas e más. Quero que vás à certos lugares, mas comigo. Tornaria tudo tão especial. Tens de vir à minha casa. Temos de tirar um monte de fotos juntas. Tenho uma lista de coisas que temos de fazer juntas, mas tenho receio que não dê para fazer tudo. Além de locais, quero que conheças algumas das pessoas que te falo. Mas tenho medo que os teus pais não dêem autorização. Afinal de contas, eles não me conhecem. 

Apesar da distância, apesar de haver aquelas semanas em que não falávamos, eu sempre considerei-te minha melhor amiga virtual. A nossa amizade é como um planalto, tal como me dizes-te. Há baixos e altos, mas é lindo. Tal como a nossa amizade. Lembro-me que combinamos, um dia, viver ambas em Nova Iorque, juntas. Espero mesmo que um dia, isso aconteça. A melhor amiga da minha mãe, vive com a minha mãe à quase nove anos e têm uma relação, muito forte e especial, é essa a relação que quero ter contigo. Entre elas não há segredos. 

I love u to the moon and back. 

- Keeps your great friendships! 

2 comentários:

  1. Não sei quem é... mas tu gostas mesmo muito dela! Espero que a vossa amizade dê frutos e que vivam bem em NY. Um beijinho para as duas :*

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